segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Falecimento de Autran Dourado, no sábado e Eric Hobsbawm, nesta segunda

 

Autran Dourado morre aos 86 anos

Autor de 'Ópera dos Mortos' foi enterrado na tarde deste domingo

O escritor Autran Dourado

O escritor Autran Dourado. Autor de mais 20 livros morreu na manhã deste domingo (Ana Carolina Fernandes/Folhapress)

O escritor mineiro Autran Dourado morreu na manhã deste domingo, aos 86 anos, em sua casa no Rio de Janeiro, segundo comunicado da família. Recentemente, Dourado havia passado cinco meses internado devido a problemas respiratórios. O enterro foi realizado por volta das 16 horas, no cemitério São João Batista, em Botafogo.

Nascido em 1926, na cidade de Patos de Minas, Waldomiro Freitas Autran Dourado publicou mais de 20 livros, entre romances, novelas e ensaios. Sua primeira obra, Teia, foi publicada em 1947. Também publicou Uma vida em segredo (1964) e Confissões de Narciso (1997).

Seu romance mais famoso, Ópera dos mortos, de 1967, chegou a ser incluído pela Unesco, da Organização das Nações Unidas (ONU), em uma coleção de Obras Representativas da Literatura Universal. Os Sinos da Agonia (1974), outro trabalho de sua autoria, foi adotado em exames de admissão de universidades na França. 

Dourado recebeu diversos prêmios ao longo de 60 anos de carreira, incluindo, em 2000, o Prêmio Camões, o mais prestigiado da língua portuguesa. Em 2008, recebeu da Academia Brasileira de Letras o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto da obra.

Dourado morava no Rio de Janeiro desde 1954. Entre 1955 e 1960, ele atuou como secretário de imprensa do presidente Juscelino Kubitschek, do que tratou no livro de memórias Gaiola Aberta: Tempos de JK e Schmidt (2000). "A minha intimidade com JK ia a tal ponto que chegava mesmo ao ridículo de eu despachar com ele no banheiro", escreveu.

http://veja.abril.com.br/noticia/celebridades/autran-dourado-morre-aos-86-anos

 

 

 

Morre o historiador Eric Hobsbawm

O pensador marxista britânico morreu aos 95 anos no início de hoje, após uma longa doença, de acordo com sua filha, Julia

O historiador tratou de muitos temas, em sua longa carreira, entre eles a ascensão do Estado-nação e movimentos revolucionários / Tuca Vieira / Folha Press

O historiador tratou de muitos temas, em sua longa carreira, entre eles a ascensão do Estado-nação e movimentos revolucionáriosTuca Vieira / Folha Press

Um dos principais historiadores do século 20, Eric Hobsbawm morreu aos 95 anos, informou a família dele nesta segunda-feira, de acordo com o jornal "The Guardian".

O pensador marxista britânico morreu no início de hoje, no Royal Free Hospital, em Londres, após uma longa doença, de acordo com sua filha, Julia.
Nascido em uma família judia em Alexandria, no Egito, Hobsbawm viveu em Viena, na Áustria, e Berlim, na Alemanha. Com a ascensão de Adolf Hitler ao poder, sua família seguiu em 1933 para Londres, onde Hobsbawm seguiu seus estudos e se graduou, em Cambridge, além de adotar a cidadania britânica.
O historiador tratou de muitos temas, em sua longa carreira, entre eles a ascensão do Estado-nação, movimentos revolucionários, a história contemporânea em geral e até, em uma de suas obras, fez uma história social do jazz. Entre seus principais livros estão "A era das revoluções", "A era do capital", "A era dos extremos" e "Nações e Nacionalismo desde 1780". Desenvolveu quase toda sua carreira na Birkbeck University, mas também foi, por exemplo, professor-visitante em Stanford, nos EUA, nos anos 1960.
O "Guardian" lembra que o fato de Hobsbawm ter se mantido fiel ao marxismo ao longo do tempo era alvo de polêmica, sobretudo após ficarem claros os vários abusos cometidos por lideranças socialistas em países como a Hungria e na própria União Soviética em relação aos opositores do regime ou a algumas minorias. Em uma declaração lembrada pelo diário britânico, Hobsbawm disse que nunca tentou minimizar as atrocidades cometidas na Rússia, mas acreditara que o sistema soviético poderia representar uma solução melhor para a humanidade que o capitalismo do Ocidente.
Hobsbawm veio ao Brasil em 2003, para a primeira edição da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty). Na ocasião, falou, por exemplo, de sua autobiografia, "Tempos interessantes".

http://noticias.band.com.br/mundo/noticia/?id=100000537804

 

Frases da semana

"Olhe no fundo dos olhos de um animal e, por um momento, troque de lugar com ele.
     A vida dele se tornará tão preciosa quanto a sua e você se tornará tão vulnerável
     quanto ele" - Philip Ochoa

 "A proteção dos animais faz parte da moral e da cultura dos povos" - Victor Hugo

 "O homem é o único animal que cora, ou melhor, que tem motivo para corar" - Mark Twain

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