terça-feira, 5 de agosto de 2014

Carmen Miranda, Bananas Is My Business!

 

 

Maria do Carmo Miranda da Cunha (Marco de Canaveses, 9 de fevereiro de 1909 — Los Angeles, 5 de agosto de 1955), mais conhecida como Carmen Miranda, foi uma cantora e atriz luso-brasileira. Sua carreira artística transcorreu no Brasil e Estados Unidos entre as décadas de 1930 e 1950. Trabalhou no rádio, no teatro de revista, no cinema e na televisão.

O seu primeiro grande sucesso veio em 1930, com a marcha Ta-hi!, de Joubert de Carvalho que foi recorde de vendas durante décadas, ultrapassando a marca de 36 mil cópias. Ao longo dos anos 30, Carmen foi consolidando sua carreira como cantora e atriz, chegou a participar de cinco longas metragens brasileiros. Foi a primeira artista de rádio a assinar contrato com uma emissora, quando na época todos recebiam somente cachês.

Quando estava em temporada no Cassino da Urca, foi contratada pelo o magnata do show business Lee Shubert, para ser uma das atrações do seu espetáculo “The Streets of Paris”, que estrearia na Broadway. Este foi o episódio que transformou a vida de quem mais tarde viria a ser conhecida como "The Brazilian Bombshell".

Em 1940, Carmen fez sua estreia no cinema dos Estados Unidos no filme Serenata Tropical, com Don Ameche e Betty Grable, suas roupas exóticas e sotaque latino tornou-se sua marca registrada. No mesmo ano, ela foi eleita a terceira personalidade mais popular nos Estados Unidos, e foi convidada para se apresentar junto com seu grupo, o "Bando da Lua", para o presidente Franklin Roosevelt na Casa Branca. Carmen Miranda é conhecida pelos penduricalhos ao pescoço e às frutas tropicais que lhe ornamentavam a cabeça. Em 1945, foi eleita a mulher mais bem paga dos Estados Unidos.

Fez um total de catorze filmes em Hollywood entre 1940 e 1953. Embora aclamada como uma artista talentosa, sua popularidade diminuiu até o final da Segunda Guerra Mundial. O seu talento como cantora e performer, porém, muitas vezes foi ofuscado pelo caráter exótico de suas apresentações. Carmen tentou reconstruir sua identidade e fugir do enquadramento que seus produtores e a indústria tentavam lhe impor, mas sem conseguir grandes avanços. De fato, por todos os estereótipos que enfrentou ao longo de sua carreira, suas performances fizeram grandes avanços na popularização da música brasileira, ao mesmo tempo, abrindo o caminho para o aumento da consciência de toda a cultura Latina.

Carmen Miranda foi a primeira estrela latino-americana a ser convidada a imprimir suas mãos e pés no pátio do Grauman's Chinese Theatre, em 1941. Ela é considerada a precursora do Tropicalismo no Brasil, movimento cultural da década de 1960.

Em 20 anos de carreira deixou sua voz registrada em 279 gravações no Brasil e mais 34 nos EUA, num total de 313 gravações. Um museu foi construído mais tarde, no Rio de Janeiro, em sua homenagem. Em 1995 ela foi tema do aclamado documentário Carmen Miranda: Bananas Is My Business, dirigido por Helena Solberg, uma interseção no cruzamento da Hollywood Boulevard e Orange Drive em frente ao Teatro Chinês em Hollywood foi oficialmente nomeada Carmen Miranda Square, em setembro de 1998. Até hoje, nenhum artista brasileiro teve tanta projeção internacional como ela.

Texto retirado da Wikipédia

Nenhum comentário: